Existe um ditado que diz que cometer o mesmo erro mais de uma vez é burrice. Revestida de toda complexidade que cada ser humano traz em si, eu me dou o direito de cometer o mesmo erro quantas vezes for necessário. E mudar de opinião quantas vezes for necessário. E cair, cair outra vez, quebrar a cara, e meio fraca e cambaleando, levantar e começar tudo outra vez.
Os mistérios da vida a gente acha que desvenda com o tempo, mas a vida é bem mais esperta do que se imagina. Quando tudo parece fácil demais, claro demais, ela nos mostra mais uma vez, quem está na direção.Mas todos nós estamos juntos nesse barco. À deriva. Numa imensidão azul que é grande demais pra se abraçar com os nossos braços tão pequenos. Então a gente inventa. E faz de conta que sabe de alguma coisa. E com os nossos sentidos ora aguçados, ora desfalcados, nos jogamos nas águas geladas, que parecem tão traiçoeiras.
Mas se a gente aguentar um pouquinho, a gente descobre que a mesma água que nos afoga, mata nossa sede. E nos leva de volta pra casa.
Ou é isso ou é morrer no barco, esperando alguém vir nos salvar.
Ou é isso ou esperar da vida aquilo que só a gente pode conquistar.
Ou é isso ou é espalhar a culpa com o vento, na esperança de calar a voz da consciência que te lembra sem sessar: foi porque você teve medo.
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