Tenha uma ótima sexta-feira!

Recentemente li o livro "A vida que ninguém vê" da jornalista Eliane Brum, celebrando as histórias daqueles que anonimamente vivem, sonham e morrem, mas que não deixam de ser fascinantes. A gente tem mania de engrandecer quem já é grande e ignorar aqueles que graciosamente vivem suas vidas sem um pingo de glamour. É bom de vez em quando tomar um choque de realidade e apreciar as coisas pequenas. 

Ainda bem que sempre tem um novo dia pra se começar uma nova história!

Livro: O Noivo Da Minha Melhor Amiga

É tão bom quando uma leitura despretensiosa se transforma numa "mini-obsessão"!hehehe
Foi exatamente isso que aconteceu comigo quando li "O noivo da minha melhor amiga". Notei aquele livro dando sopa pela casa e resolvi dar uma chance a ele. Normalmente eu me interesso por qualquer livro que esteja a disposição, mas aquele capa ( igual ao do filme) em especial e o nome tão genérico não tinham me chamado tanto a atenção. Então, como quem não quer nada, iniciei minha leitura.
Só pra ficar completamente obcecada pelo tal do livro!
Comecei num dia e terminei no outro. Eu não conseguia parar de ler.
Eu já estava um pouco cansada de ler livros de romance mais adolescentes e portanto, completamente despreparada para um livro com uma história que trazia um enredo mais bem trabalhado, real e maduro.
O livro aborda com uma dose ideal de delicadeza e realidade um dos assuntos mais polêmicos dessa vida: traição. Envolvendo duas amigas de infância e um homem em comum.
Esse é um tipo de história que depende completamente da sensibilidade de cada leitor e de suas experiências pessoais para ser julgado. Mas nunca vi um assunto tão delicado ser tratado de forma tão humana. Em nenhum momento o livro julga seus personagens ou influencia o leitor para um dos lados. Inevitavelmente, aquele que o lê se encontra torcendo pela Darcy ou pela Rachel. Mas não pude evitar de desenvolver uma pequena paixãozinha pelo Dex, que apesar de tudo, sempre se mostrou tão disposto a lutar pela Rachel. Vou parar por aqui porque não quero estragar a leitura de ninguém.
O filme foi adaptado para o cinema no ano passado, estrelado pela Kate Hudson ,Ginnifer Goodwin, Colin Egglesfield e John Krasinski. O filme é bom, mas não passa de uma comédia romântica. É impossível um filme trazer tudo que um livro conta, é sempre uma versão, um angulo que é explorado. Quem vê o filme e não lê o livro perde um pouco da essência e do realismo da história, e tem muitos detalhes que foram modificados no filme. Talvez se tivesse visto só o filme, não teria interessado tanto pela história. Mas de qualquer forma vale a pena ver o filme: O John Krasinski tá super engraçado e o Colin Egglesfield é uma maravilha de se ver!hehe

Sinopse: Rachel White é uma jovem advogada nova-iorquina, que sempre sonhou em encontrar um grande amor.No dia do seu aniversário de 30 anos, sua melhor amiga Darcy organiza uma festa para ela, e Rachel é surpreendida por um acontecimento inesperado: nessa noite, depois de uns drinques a mais, ela acaba na cama com Dexter Thale, o bom e velho amigo de faculdade… que está noivo de Darcy. Embora acorde determinada a deixar para trás a aventura de uma noite, Rachel se assusta ao perceber que está irremediavelmente apaixonada pelo único cara do qual deveria manter distância. Decidido a esclarecer tudo, Dex liga para Rachel no dia seguinte. Ela fica emocionada e confusa ao ouvi-lo dizer que não estava bêbado na noite anterior e que não se sente culpado por ter traído a noiva. Os telefonemas vão se intensificando e novos encontros vão sendo marcados, numa bola de neve que leva Rachel a um beco sem saída. Nem em seus sonhos mais fantasiosos ela se imaginaria numa situação dessas. A data do casamento se aproxima, e Rachel sabe que tem de fazer uma escolha: ser leal à amiga ou aos seus próprios sentimentos.

On the Road-Jack Kerouac

Já fazem alguns dias, mas finalmente saiu o trailer do filme "On the road", inspirado no livro de mesmo nome do escritor que inspirou o movimento beat: Jack Kerouac.
O livro, considerado a obra-prima de Kerouac, foi inspirado nas suas experiências de mochileiro em viagens que atravessaram os Estados Unidos na década de 1950.
Tanto o livro quanto a geração beat tiveram uma enorme influência na juventude dos anos 60 e inspiraram milhares de jovens a colocar a mochila nas costas e o pé na estrada.
On the road influenciou a música, os hippies,e até o movimento punk.
Eu li o livro há algum tempo e é realmente fascinante conhecer a história de tanta gente desapegada a coisas materiais, em busca de experiências de verdade, sem medo de arriscar e sem olhar pra trás.
As histórias que ficam e o crescimento pessoal são presentes que só quem arrisca e vai atrás pode entender e saborear.
Dá vontade de encarnar um Jack Kerouac da vida e botar o pé na estrada também.

A adaptação do livro para o cinema é dirigido pelo brasileiro Walter Salles e tem uma lista longa de estrelas no elenco, como: Kristen Stewart, Garret Hedlund, Sam Riley, Kirsten Dusnt, Amy Adams, Viggo Mortensen, Alice Braga e Tom Sturridge.

Um resumo bem vago do filme:

O romance de 1957 conta a história de Sal Paradise (Sam Riley), sujeito comum que vive em Nova Jersey e que conhece um alucinante andarilho de Denver, Dean Moriarty (Garrett Hedlund). A personalidade magnética do recém-chegado
 conquista Sal e juntos partem para conhecer os Estados Unidos numa jornada de autoconhecimento. 

Um livro muito bom, espero que o filme faça jus ao seu legado.

Eu só confio nas pessoas loucas, aquelas que são loucas pra viver, loucas para falar, loucas para serem salvas, desejosas de tudo ao mesmo tempo, que nunca bocejam ou dizem uma coisa corriqueira,mas queimam, queimam, queimam, como fabulosas velas amarelas romanas explodindo como aranhas através das estrelas.

Aqui estão os loucos. Os desajustados. Os rebeldes. Os criadores de caso. Os pinos redondos nos buracos quadrados. Aqueles que vêem as coisas de forma diferente. Eles não curtem regras. E não respeitam o status quo. Você pode citá-los, discordar deles, glorificá-los ou caluniá-los. Mas a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas. Empurram a raça humana para a frente. E, enquanto alguns os vêem como loucos, nós os vemos como geniais. Porque as pessoas loucas o bastante para acreditar que podem mudar o mundo, são as que o mudam. 

Livro:O Morro dos Ventos Uivantes

"Não consigo exprimi-lo; mas certamente você e todos imaginam que há ou deve haver uma existência além desta. Qual o motivo de eu existir, se me limitasse a isto? Minhas grandes tristezas neste mundo têm sido as tristezas de Heathcliff, e eu as acompanhei e as senti desde o início; meu maior pensamento na vida é ele. Se tudo o mais perecesse, e ele permanecesse, eu ainda continuaria a existir; e se tudo o mais permanecesse e ele fosse aniquilado, o universo tornar-se-ia para mim estranho e poderoso: eu não mais faria parte dele."

"O Morro dos ventos uivantes" é um daqueles livros que se ouve falar a vida inteira,daqueles clássicos que parecem ter existidos desde sempre.

Quando se é uma leitora curiosa como eu, o único livro escrito por Emily Bronte é uma leitura inevitável;e tanto quanto inevitável é também arrebatadora,uma história como nenhuma outra,que aflora todos os sentimentos possíveis do leitor através de suas páginas.  

O Morro dos Ventos Uivantes, publicado em 1847, é a história de uma paixão violenta e possessiva entre Catherine Earnshaw eHeathcliff. Este foi trazido para casa (Wuthering Heights, a propriedade que dá o nome ao livro) pelo pai de Cathy e Hindley durante uma viagem a Liverpool. Taciturno e reservado, o menino é alvo do ciúme e crueldade de Hindley e do afeto irrestrito de Cathy. Após a morte do Sr. Earnshaw, a crueldade e ódio de Hindley aumentam cada vez mais, assim como o desejo de vingança de Heathcliff.

Antes de ler o livro não pesquisei sua sinopse,só sabia que queria lê-lo,mas acreditava tratar essencialmente de uma história de amor.

As surpresas foram surgindo ao decorrer das páginas.O morro dos ventos uivantes não é uma mera história de amor.É um amor à flor da pele.Amor e ódio retratados na mais selvagem concepção.A crueldade humana,o desejo de vingança,traumas deixados pela infância alternados com momentos de ternura preenchem as páginas do livro.

Uma obra explosiva que chocou os leitores da época,o livro acompanha as várias gerações que viveram na propriedade e as consequências da chegada de Heathcliff e seu amor cruel por Catherine. 

Complexo e denso,ele não vai te deixar respirar em alguns momentos,além de instigar ódio e amor por seus vários personagens.

É impressionante a habilidade de Emily Bronte de desenvolver a história de forma tão coerente e instigante,ainda mais se considerarmos sua personalidade introspectiva e a vida curta e pacata que viveu.

Um livro que merce ser lido.

"- Oh, meu Deus, é impossível! Eu não posso viver sem a minha vida! Eu não posso viver sem a minha alma!"

“Se olho para essas lajes, vejo nelas gravadas as suas feições! Em cada nuvem, em cada árvore, na escuridão da noite, refletida de dia em cada objeto, por toda a parte eu vejo a tua imagem! Nos rostos mais vulgares dos homens e mulheres, até as minhas feições me enganam com a semelhança. O mundo inteiro é uma terrível testemunha de que um dia ela realmente existiu, e eu a perdi para sempre."

Dica de Livro:Onde Termina o Rio

Capas:Brasil;Portugal;Estados Unidos

Sou uma devoradora voraz de livros e tenho sempre um esperando enquanto leio outro.Por conta disso,perco horas pesquisando e descobrindo novidades pela internet.
Entre uma de minhas pesquisas, encontrei um livro chamado "Até que o rio nos separe" em um blog português que não me lembro mais o nome.Fui hipnotizada pelo título, e então a capa, e então a história.Foi o suficiente para ficar obcecada com a ideia de ler o livro.Nessa época o livro ainda não havia sido traduzido pro nosso português e comprei em inglês, importado pela Livraria Saraiva.
Antes de ler o livro,involuntariamente fiz uma conexão do autor,Charles Martin, com Nicholas Sparks.Ambos trabalham com elementos similares,como histórias ambientadas no sul dos Estados Unidos,com toda a tradição sulista,além de serem romances sofridos e dramáticos que adoramos ler!
Mas uma diferença que percebi entre este livro e outros romances foi o fato dele ser bem realista, enquanto poderia ser bem romantizado em sua descrição.Em nenhum momento da história o autor romantiza o câncer de Abbie.Ele descreve todo sofrimento físico e emocional que ela passa.E todos os atos arriscados de Doss para provar seu amor por Abbie tem suas consequências depois.
O livro é bem descritivo e é perceptiva toda a pesquisa de Charles Martin para o romance.
"Onde Termina o Rio" é um relato intenso e apaixonado da história de Abigail Coleman e Doss Michaels.Enquanto ela luta bravamente contra um câncer,ele faz de tudo por ela.O rio é outro personagem do livro,já que ele está presente na sua jornada e representa o começo e o fim de tudo.E é onde Doss incansavelmente tenta cumprir a lista dos dez desejos de Abbie e ela o ensina (e nos ensina) sobre a vida,a dor e o amor.
Super recomendado!